A Rede Cegonha, como já visto em outros posts, é um projeto instituído no âmbito do SUS que consiste em uma rede de cuidados que asseguram para uma gravidez, parto e puerpério saudável, bem como à criança um nascimento seguro e crescimento e desenvolvimento saudável.
Criado em 2011, atua em 4 frentes:
- Pré-Natal – afinal, é direito da mulher ter não apenas conhecimento sobre sua saúde sexual bem como poder planejar sua vida reprodutiva e, em escolhendo ser mãe, ter todo os cuidados pré-natais que garantem uma gestação e um desenvolvimento do feto saudáveis;
- Parto e Nascimento – é direito da mãe ter conhecimento como será o seu parto, participando ativamente de todo o processo de parto que deve ser humanizado do início ao fim. É direito da criança nascer de um parto humanizado, ter contato com sua mãe tão logo nasça, ter todos os cuidados pós-parto necessários que garantam sua sobrevivência e desenvolvimento saudável;
- Puerpério e Atenção Integral à Saúde da Criança – nasce uma criança, nasce uma mãe. E esta mãe também precisa se acolhida, por isso o puerpério é acompanhado para que não tenha nenhum registro de babyblues ou depressão pós parto. Também a criança é acompanhada, principalmente, nos seus dois primeiros anos. O objetivo central do projeto Rede Cegonha é zerar a taxa de mortalidade infantil neste período e o faz através de acompanhamento médico, visitas e vacinação.
- Por fim, Sistema Logístico: Transporte Sanitário e Regulação, que será apresentado hoje.
Todo o cuidado da gestante só seria realmente efetivo se puder contar com um transporte que possibilite acesso aos locais de atendimento no período do pré-natal até o parto, inter unidades ou mesmo o SAMU, a tempo e efetivo.
A principal forma de garantir este transporte será através de apoio financeiro para o deslocamento não se excluindo a possibilidade de existir outras formas, como o uso de ambulâncias de Unidade de Suporte Básico ou Unidade de Suporte Avançado de Vida, todas adequadamente equipadas, principalmente para o atendimento de recém nascido (com incubadoras e ventiladores neonatais), sendo toda a equipe devidamente treinada para atendimentos de urgência e alto risco.

A Rede Cegonha fomenta assim a implementação de novo modelo de atenção à saúde da mulher e à saúde da criança.
Cuidar das mães e das crianças, principalmente nos seus dois primeiros anos, é garantir um desenvolvimento saudável tanto da criança, mas também da mãe e da família como um todo.
Mais que um objetivo da ONU, ou ser compromisso da Agenda 2030, o que se propõe é um respeito ao direito de nascer e ao direito de viver.
Em uma grávida batem dois corações que precisam de muito cuidado, atenção, carinho e amor. É uma constante ansiedade até ao dia em que será entregue o tesouro tão esperado nos braços que deve ser através de um momento humanizado.

Mas vocês podem estar se perguntando, este tipo de tratamento à gestante não seria o ideal de todos os espaços hospitalares?
Realmente seria, mas infelizmente não é.
Por isso, o Projeto Rede Cegonha vem exatamente possibilitar que tenhamos, para todas as mulheres uma gestação bem cuidada desde o pré-natal até o final do puerpério, sendo que para as mulheres com gestação de baixo riscos um espaço que possibilite o parto e nascimento ao bebê que os atenda respeitosamente e humanizada.
Procure na sua região, junto as Unidades Básicas de Saúdes, informações sobre a atuação da Rede Cegonha.
Ficou com dúvidas? Escreva para nós!!!
OBSERVAÇÃO: O presente texto é exclusivamente para esclarecimento quanto ao assunto. Não substitui o parecer técnico de um advogado que analisará o caso em concreto nem retira a necessidade de consulta jurídica específica para análise do caso. Na dúvida, procure um advogado.
Um comentário em “Rede Cegonha parte 6 – Componente logístico”